quinta-feira, 31 de março de 2011

Eu olho para dentro de mim, e não me importo com o que as pessoas fazem ou dizem eu me preocupo só com as coisas certas.


Preocupe-se mais com a sua consciência do que com sua reputação. Porque sua consciência é o que você é,e a sua reputação é o que os outros pensam de você. E o que os outros pensam, é problema deles.


Bob Marley!
Dificil não é lutar por aquilo que se quer, e sim desistir daquilo que se mais ama.
Eu desisti. Mas não pense que foi por não ter coragem de lutar, e sim por não ter mais condições de sofrer
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 Bob Marley!

Só Pro Meu Prazer!


Não fala nada Deixa tudo assim por mim Eu não me importo se nós não somos bem assim É tudo real nas minhas mentiras E assim não faz mal E assim não me faz mal não Noite e dia se completam no nosso amor e ódio eterno Eu te imagino Eu te conserto Eu faço a cena que eu quiser Eu tiro a roupa pra você Minha maior ficção de amor E eu te recriei só pro meu prazer Só pro meu prazer Não vem agora com essas insinuações Dos seus defeitos ou de algum medo normal Será que você não é nada que eu penso? Também se não for não me faz mal Não me faz mal não Noite e dia se completam no nosso amor e ódio eterno Eu te imagino Eu te conserto Eu faço a cena que eu quiser Eu tiro a roupa pra você Minha maior ficção de amor E eu te recriei só pro meu prazer Só pro meu prazer...
Composição : Leoni/ Fabiana Kherlakia.

SEJA UM IDIOTA!

A idiotice é vital para a felicidade.
Gente chata essa que quer ser séria, profunda e visceral sempre. Putz! A vida já é um caos, por que fazermos dela, ainda por cima, um tratado? Deixe a seriedade para as horas em que ela é inevitável: mortes, separações, dores e afins.
No dia-a-dia, pelo amor de Deus, seja idiota! Ria dos próprios defeitos. E de quem acha defeitos em você. Ignore o que o boçal do seu chefe disse. Pense assim: quem tem que carregar aquela cara feia, todos os dias, inseparavelmente, é ele. Pobre dele.
Milhares de casamentos acabaram-se não pela falta de amor, dinheiro, sexo, sincronia, mas pela ausência de idiotice. Trate seu amor como seu melhor amigo, e pronto.
Quem disse que é bom dividirmos a vida com alguém que tem conselho pra tudo,soluções sensatas, mas não consegue rir quando tropeça?
hahahahahahahahaha!...
Alguém que sabe resolver uma crise familiar, mas não tem a menor idéia de como preencher as horas livres de um fim de semana? Quanto tempo faz que você não vai ao cinema?
É bem comum gente que fica perdida quando se acabam os problemas. E daí,o que elas farão se já não têm por que se desesperar?
Desaprenderam a brincar. Eu não quero alguém assim comigo. Você quer? Espero que não.
Tudo que é mais difícil é mais gostoso, mas... a realidade já é dura; piora se for densa.
Dura, densa, e bem ruim.
Brincar é legal. Entendeu?
Esqueça o que te falaram sobre ser adulto, tudo aquilo de não brincar com comida, não falar besteira, não ser imaturo, não chorar, não andar descalço,não tomar chuva.
Pule corda!
Adultos podem (e devem) contar piadas, passear no parque, rir alto e lamber a tampa do iogurte.
Ser adulto não é perder os prazeres da vida - e esse é o único "não" realmente aceitável.
Teste a teoria. Uma semaninha, para começar.
Veja e sinta as coisas como se elas fossem o que realmente são:
passageiras. Acorde de manhã e decida entre duas coisas: ficar de mau humor e transmitir isso adiante ou sorrir...
Bom mesmo é ter problema na cabeça, sorriso na boca e paz no coração!
Aliás, entregue os problemas nas mãos de Deus e que tal um cafezinho gostoso agora?
A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso cante, chore,dance e viva intensamente antes que a cortina se feche!
 
Arnaldo Jabor!

Crônica do Amor!


Ninguém ama outra pessoa pelas qualidades que ela tem, caso contrário os honestos, simpáticos e não fumantes teriam uma fila de pretendentes batendo a porta. O amor não é chegado a fazer contas, não obedece à razão. O verdadeiro amor acontece por empatia, por magnetismo, por conjunção estelar. Ninguém ama outra pessoa porque ela é educada, veste-se bem e é fã do Caetano. Isso são só referenciais. Ama-se pelo cheiro, pelo mistério, pela paz que o outro lhe dá, ou pelo tormento que provoca. Ama-se pelo tom de voz, pela maneira que os olhos piscam, pela fragilidade que se revela quando menos se espera. Você ama aquela petulante. Você escreveu dúzias de cartas que ela não respondeu, você deu flores que ela deixou a seco. Você gosta de rock e ela de chorinho, você gosta de praia e ela tem alergia a sol, você abomina Natal e ela detesta o Ano Novo, nem no ódio vocês combinam. Então? Então, que ela tem um jeito de sorrir que o deixa imobilizado, o beijo dela é mais viciante do que LSD, você adora brigar com ela e ela adora implicar com você. Isso tem nome. Você ama aquele cafajeste. Ele diz que vai e não liga, ele veste o primeiro trapo que encontra no armário. Ele não emplaca uma semana nos empregos, está sempre duro, e é meio galinha. Ele não tem a menor vocação para príncipe encantado e ainda assim você não consegue despachá-lo. Quando a mão dele toca na sua nuca, você derrete feito manteiga. Ele toca gaita na boca, adora animais e escreve poemas. Por que você ama este cara? Não pergunte pra mim; você é inteligente. Lê livros, revistas, jornais. Gosta dos filmes dos irmãos Coen e do Robert Altman, mas sabe que uma boa comédia romântica também tem seu valor. É bonita. Seu cabelo nasceu para ser sacudido num comercial de xampu e seu corpo tem todas as curvas no lugar. Independente, emprego fixo, bom saldo no banco. Gosta de viajar, de música, tem loucura por computador e seu fettucine ao pesto é imbatível. Você tem bom humor, não pega no pé de ninguém e adora sexo. Com um currículo desse, criatura, por que está sem um amor? Ah, o amor, essa raposa. Quem dera o amor não fosse um sentimento, mas uma equação matemática: eu linda + você inteligente = dois apaixonados. Não funciona assim. Amar não requer conhecimento prévio nem consulta ao SPC. Ama-se justamente pelo que o Amor tem de indefinível. Honestos existem aos milhares, generosos têm às pencas, bons motoristas e bons pais de família, tá assim, ó! Mas ninguém consegue ser do jeito que o amor da sua vida é! Pense nisso. Pedir é a maneira mais eficaz de merecer. É a contingência maior de quem precisa.

Arnaldo Jabor!

Estou Aqui!


Há certas horas, em que não precisamos de um Amor...Não precisamos da paixão desmedida...Não queremos beijo na boca...E nem corpos a se encontrar na maciez de uma cama...Há certas horas, que só queremos a mão no ombro, o abraço apertado ou mesmo o estar ali, quietinho, ao lado...Sem nada dizer...Há certas horas, quando sentimos que estamos pra chorar, que desejamos uma presença amiga, a nos ouvir paciente, a brincar com a gente, a nos fazer sorrir...Alguém que ria de nossas piadas sem graça...Que ache nossas tristezas as maiores do mundo...Que nos teça elogios sem fim...E que apesar de todas essas mentiras úteis, nos seja de uma sinceridade inquestionável...Que nos mande calar a boca ou nos evite um gesto impensado...Alguém que nos possa dizer:Acho que você está errado, mas estou do seu lado...Ou alguém que apenas diga:Sou seu amor!

E estou Aqui!
 
 William Shakespeare!

quarta-feira, 30 de março de 2011

Olhei!


Olhei pra você e vi o que antigamente não via!

Olhei pra você e percebi que o tempo havia passado e eu não estava ao seu lado!

Olhei pra você e não vi em seus olhos!

Olhei pra você e não vi os momentos que trazem as lembranças!

Olhei pra você e não vi o amor, ele havia partido num tempo que ja não existe mais!


Isaque Souza.

Não há sentido:

 Melhor escapar deixando uma lembrança qualquer, lenço esquecido numa gaveta, camisa jogada na cadeira, uma fotografia – qualquer coisa que depois de muito tempo a gente possa olhar e sorrir, mesmo sem saber por quê. 

(Caio F. Abreu)

O que ainda não aprendi!


Sempre ouvi dizer que a vida ensina e que o tempo cura tudo. Mas hoje preciso te contar que certas coisas a vida ainda não fez o favor de me ensinar e que o tempo se atrasou e ainda não veio me libertar de uns desejos.

Vou começar por eles. Eu queria umas coisas que nunca vou ter. Queria ser canhota. Queria ter o pé menor. Queria ter os dois dedos das mãos iguais. Queria ter uma boca um pouco mais carnuda. Queria um quadril menos largo. Uma canela menos grossa. Um coração menorzinho. Uma sensibilidade contida, pois a minha nunca se segura. Queria que esse joanete que tá aparecendo desse ré e fosse embora sem olhar para trás e me fazer cara de deboche. Queria ter a coxa menos grossa. Queria que esse sentimento que nunca dorme ou cala me deixasse por algumas horas. Mas não tem jeito. Sou eu e meus defeitos, eu e toda essa enxurrada de emoção, amor, contradição, tumulto, eu e essa multidão. Porque eu sou uma multidão todos os dias. E isso me assusta.

O tempo nem sempre cura tudo. Tenho feridas que já cicatrizaram, mas que insistem em latejar quando o dia está nublado. Tenho mágoas que já foram superadas, mas se lembro bem, se lembro forte, se penso nelas eu choro. E o choro dói, dói, dói como se fosse ontem. Tenho vontades que nunca passam. Tenho uma tara por chocolate e queijo que nunca saiu de viagem. Tenho mania de escrever em blocos e ter pelo menos dois deles sempre dentro da bolsa. Tenho sentimento de posse, tenho ciúme, tenho medo de perder quem é essencial na minha vida. Tenho medo de me perder, por isso acendo todas as luzes.

A vida me ensinou a perdoar os outros. Mas fez questão de me mostrar que a gente pode perdoar sem esquecer. Minha memória é boa, sei quem pisou na bola. Aceito que as pessoas errem uma ou dez vezes, desde que se arrependam com o coração. Arrependimentos da boca para fora nunca me convenceram, apesar de eu já ter caído em ladainhas toscas sem fim. A vida ainda não me ensinou a me perdoar. Me condeno, me mando para a cadeia, para a solitária, como pão e água. Cumpro minha pena e nem assim descanso. E eu não sei pedir. Meu Deus, eu não sei pedir ajuda. Nunca gostei de depender dos outros. E tem mais: não consigo dizer eu-preciso-de-você-agora. Sei que é simples, mas não sai. Algo me trava, a voz não sai.

Tenho um orgulho que não me deixa. Acho que tenho que ser a fortona do pedaço, que consigo me reconstruir, me levantar sem dar a mão para ninguém. Não gosto de admitir nem assumir fraquezas nem de demonstrar a minha própria fragilidade. As pessoas fazem SOS a todo instante. Choram, pedem, imploram, suplicam. Não consigo. Para mim isso é traição. Não consigo chegar para a outra pessoa e falar tô-acabada-tô-precisando-não-vou-conseguir-sozinha. Sinto um terror só de pensar.

Ninguém nunca me disse que eu precisava ser forte. Um dia, sei lá quando, eu resolvi que ia ser. Sempre fui aquela que ouviu todo mundo, automaticamente achava que tinha que dar força para os outros. É claro que mil vezes peguei o telefone chorando perguntando o-que-eu-faço. Mas isso é quando eu era adolescente e estava arrasada porque algum bonitão me deu o fora. Meus assuntos sérios e profundos eu nunca soube dividir. Penso que a vida é minha, o problema é meu, ninguém tem que ouvir minhas lamúrias, tristezas, coisas chatas e ruins. Penso que me viro sozinha. Penso que me resolvo comigo, que dou um jeito, que consigo.

Quer saber uma verdade? Isso cansa. Vejo tanta gente dizendo que eu sei tudo, que eu posso ajudar, que isso, que aquilo. Eu não sei nada, apenas me sintonizo com minhas emoções. Não posso ajudar em nada, apenas escuto o meu coração. Ele fala tanto que deixa tonta. Cansei de ser forte, cansei de não saber pedir ajuda, cansei de tentar fazer tudo ao mesmo tempo, cansei de não conseguir dormir direito pensando no que preciso comprar para a faxineira, cansei de tomar café pensando no que me espera na agência, cansei de não conseguir sossegar meu pensamento, cansei de esconder meu lado frágil, inseguro, cansado. Cansei de aceitar as minhas imperfeições sozinha. Por favor, me aceite também.


Clarissa Corrêa!

Apertos no peito e dias de chuva.


Pode me chamar de louca, mas sempre gostei da chuva. O barulho faz bem para os meus ouvidos, o cheiro me agrada, os pingos no rosto fazem com que eu me sinta viva. Quando eu era criança gostava de ficar olhando pela janela, com certa melancolia no olhar, a chuva que insistia em cair e molhar uma árvore com folhas amarelas que tinha na frente da minha casa. No meio disso, meu pensamento ia longe, se perdia, depois voltava para mim cheio de histórias para contar.
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Uma vez, peguei um temporal na praia. Foi forte, foi feio, foi assustador. Imagine você, sua família, uma praia deserta, uma noite em que tudo pode acontecer e raios ali bem perto, do seu lado. Pânico. Achei que ia morrer. Mas sobrevivi, sobrevivemos. Durante muito tempo fiquei com medo dos temporais. Hoje em dia eles me fascinam. Fico olhando cada raio, cada nuvem preta, cada relâmpago. É bem verdade que dou muitos pulos por causa dos trovões - eles me pegam de surpresa e me amedrontam, confesso. Mas os temporais são bonitos, pelo menos pra mim. É a natureza gritando, se expressando, dizendo ei-olha-pra-mim.
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Você, quando está brabo, grita. Eu, quando estou nervosa, tenho ataque. A natureza, quando se rebela ou tá a fim de uma confusão, manda um temporal e dá o seu showzinho particular. Eu gosto. É claro que fico com pena de quem não tem onde morar, de quem está vagando pela rua, de quem morre atingido por um raio, de quem tem a casa inundada, dos deslizamentos, das mortes, de tudo isso. Não pense que não tenho coração. Por favor, tire a parte negativa, as enchentes, a falta de luz, os contratempos, o caos na vida e no trânsito. Vamos nos fixar na beleza dos temporais. Eles são, sim, bonitos. Assustadores, mas bonitos. Dão apertos no peito, mas possuem uma beleza exótica.
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A chuva sempre me fez refletir. Sei lá, penso em tudo. Passado, presente, futuro. Planos rabiscados, sonhos entalados na garganta, vontades pela metade, coisas assim. Todo mundo tem pedaços soltos. Fico pensando em tudo que eu quis um dia. Em tudo que deu certo. Em tudo que modifiquei. Em tudo que ainda quero. Em todas as saudades que sinto.
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No final de semana passado, vi a minha avó. Fazia tanto tempo. Em uma tarde, ela estava dormindo e deitei do lado, fiquei olhando, lembrando, pensando. Meu Deus, como tudo muda rápido. De uma hora pra outra, a cidade escurece, as nuvens ficam negras, a chuva começa a cair. De uma hora pra outra, a vida nos manda recados, tudo, tudo muda. E nós temos que mudar também, pra acompanhar o embalo, senão ficamos para trás, somos esmagados pelos acontecimentos. Fiquei deitada ao lado da minha avó, minha madrinha. E ela era ela, mas ao mesmo tempo não era. Você entende? Fiquei ali, parada, lembrando de tantas coisas da infância, adolescência, vida adulta. Dos conselhos, conversas, sorrisos. Das risadas, das vezes em que ela mexeu no meu cabelo, me pintou panos de prato, me ensinou coisas da vida. E me deu saudade. Uma saudade que vai sempre doer. Porque ela nunca vai voltar. Não que eu seja pessimista, mas ela nunca vai voltar. Fiquei ali vendo ela dormir, sentindo algumas lágrimas caírem e pensei: sou tão pequena. Se eu pudesse fazer alguma coisa, se eu pudesse fazer o tempo voltar, parar, sei lá. Mas não posso. E tenho a mais absoluta certeza de que ela nunca quis ficar assim como está. Por isso, peço para a vida: que seja feito o que precisa ser feito. Mas que ela não sofra jamais.
 
Clarissa Corrêa!

A vida!


A vida é um eterno afastamento. Você acha que estou errada? Então vamos voltar no tempo. Somos obrigados, no nascimento, a encarar este mundo. Meu amigo, não é nada fácil. A gente nasce e tem que conviver com isso. A gente cresce e tem que conviver com a gente mesmo. A gente amadurece e tem que conviver com o passado. A gente evolui e tenta engolir o que não nos faz bem.

Na escolinha, temos nossos colegas. Na escola, firmamos amizades que podem ser para toda a vida. Na faculdade, mais amigos entram no currículo. Então você se forma. Começa a trabalhar, conquista um novo espaço, novos amigos. E vai deixando certas coisas para trás. Partes suas, seu antigo quarto, seus bichos de pelúcia, seu vestido de debutante, seu primeiro salto alto, seu lençol da Rapunzel.

Um dia você sai de casa. Leva a caixinha de recordações com fotos, bilhetes, coisas importantes. E sai tentando achar seu lugar no mundo, tentando se encontrar, tentando pelo menos buscar alguma coisa, nem que essa coisa não tenha nome, nem que você não saiba ao certo para qual lado seguir. Mas você vai, pois sabe que é preciso virar adulto, ganhar o mundo, caminhar, caminhar, caminhar.

Às vezes você se machuca e acha que era bem mais fácil ser criança, pois era tão cômodo aquele tempo em que voltava correndo para casa, chorando, dizendo manhê-briguei-com-a-minha-amiga-na-escola. Então, você descobre que cresceu, que tem roupa pra lavar, tem casa pra cuidar, tem uma vida pra tocar. E isso tudo só depende de você. É você e você mesmo. Você e seus fantasmas. Você e seu anjinho. Você e seu diabinho.

Em um determinado momento, a gente começa a analisar quantas coisas boas já aconteceram. Quantas pessoas legais já passaram pela nossa vida. Quantas pessoas de verdade nos marcaram. Quantas pessoas realmente ficaram. Com quantas pessoas você pode contar, afinal, a vida é um eterno afastamento. E, mesmo que se afaste de todo mundo, você jamais pode se afastar de você mesmo.



Clarissa Corrêa.

terça-feira, 29 de março de 2011


Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o que, com freqüência, poderíamos ganhar, por simples medo de arriscar.

William Shakespeare.

Viva!


Ei! Sorria... Mas não se esconda atrás desse sorriso... Mostre aquilo que você é, sem medo. Existem pessoas que sonham com o seu sorriso, assim como eu. Viva! Tente! A vida não passa de uma tentativa. Ei! Ame acima de tudo, ame a tudo e a todos. Não feche os olhos para a sujeira do mundo, não ignore a fome! Esqueça a bomba, mas antes, faça algo para combatê-la, mesmo que se sinta incapaz. Procure o que há de bom em tudo e em todos. Não faça dos defeitos uma distancia, e sim, uma aproximação. Aceite! A vida, as pessoas, faça delas a sua razão de viver. Entenda! Entenda as pessoas que pensam diferente de você, não as reprove. Ei! Olhe... Olhe a sua volta, quantos amigos... Você já tornou alguém feliz hoje? Ou fez alguém sofrer com o seu egoísmo? Ei! Não corra. Para que tanta pressa? Corra apenas para dentro de você. Sonhe! Mas não prejudique ninguém e não transforme seu sonho em fuga. Acredite! Espere! Sempre haverá uma saída, sempre brilhará uma estrela. Chore! Lute! Faça aquilo que gosta, sinta o que há dentro de você. Ei! Ouça... Escute o que as outras pessoas têm a dizer, é importante. Suba... faça dos obstáculos degraus para aquilo que você acha supremo, Mas não esqueça daqueles que não conseguem subir a escada da vida. Ei! Descubra! Descubra aquilo que há de bom dentro de você. Procure acima de tudo ser gente, eu também vou tentar. Ei! Você... não vá embora. Eu preciso dizer-lhe que... Te adoro.
Charles Chaplin.

Prolongar.


Se você, se você pudesse voltar, não deixar isso queimar, não deixar isso desaparecer.
Tenho certeza que não estou sendo rude, mas é só sua atitude,
Está me rasgando em pedaços, está arruinando tudo.
Eu jurei, eu jurei que seria sincera, e querido, você também.
Então, porque estava segurando a mão dela? É desse jeito que nós ficamos?
Você estava mentindo o tempo todo? Isso foi só um jogo pra você?
Mas eu estou tão envolvida. Você sabe, eu sou uma tremenda boba por você.
Você me tem envolta ao redor do seu dedo, ah, ha, ha.
Você tem que deixar isso se prolongar? Você tem que, você tem que,
Você tem que deixar isso se prolongar?
Oh, eu pensava tudo de bom a seu respeito.
Eu achei que nada poderia dar errado,
Mas eu estava errada, eu estava errada.
Se você, se você pudesse sobreviver, tentando não mentir,
As coisas não seriam tão confusas e eu não me sentiria tão usada,
Mas você realmente sempre soube, eu só quero ficar com você.
Mas eu estou tão envolvida. Você sabe, eu sou uma tremenda boba por você.
Você me tem envolta ao redor do seu dedo, ah, ha, ha.
Você tem que deixar isso se prolongar? Você tem que, você tem que,
Você tem que deixar isso se prolongar?
E eu estou tão envolvida. Você sabe, eu sou uma tremenda boba por você.
Você me tem envolta ao redor do seu dedo, ah, ha ha.
Você tem que deixar isso se prolongar? Você tem que, você tem que,
Você tem que deixar isso se prolongar?
Você sabe, eu sou uma tremenda boba por você.
Você me tem envolta ao redor do seu dedo, ah, ha, ha.
Você tem que deixar isso se prolongar? Você tem que, você tem que,
Você tem que deixar isso se prolongar?

Tradução da musica : Linger - The Cranberries.

Composição: Dolores O' Riordan, Noel Hogan.

segunda-feira, 28 de março de 2011

''Sentir-se amado!''



O cara diz que te ama, então tá. Ele te ama. Sua mulher diz que te ama, então assunto encerrado. Você sabe que é amado porque lhe disseram isso, as três palavrinhas mágicas. Mas saber-se amado é uma coisa, sentir-se amado é outra, uma diferença de milhas, um espaço enorme para a angústia instalar-se. A demonstração de amor requer mais do que beijos, sexo e verbalização, apesar de não sonharmos com outra coisa: se o cara beija, transa e diz que me ama, tenha a santa paciência, vou querer que ele faça pacto de sangue também? Pactos. Acho que é isso. Não de sangue nem de nada que se possa ver e tocar. É um pacto silencioso que tem a força de manter as coisas enraizadas, um pacto de eternidade, mesmo que o destino um dia venha a dividir o caminho dos dois. Sentir-se amado é sentir que a pessoa tem interesse real na sua vida, que zela pela sua felicidade, que se preocupa quando as coisas não estão dando certo, que sugere caminhos para melhorar, que coloca-se a postos para ouvir suas dúvidas e que dá uma sacudida em você, caso você esteja delirando. "Não seja tão severa consigo mesma, relaxe um pouco. Vou te trazer um cálice de vinho". Sentir-se amado é ver que ela lembra de coisas que você contou dois anos atrás, é vê-la tentar reconciliar você com seu pai, é ver como ela fica triste quando você está triste e como sorri com delicadeza quando diz que você está fazendo uma tempestade em copo d´água. "Lembra que quando eu passei por isso você disse que eu estava dramatizando? Então, chegou sua vez de simplificar as coisas. Vem aqui, tira este sapato." Sentem-se amados aqueles que perdoam um ao outro e que não transformam a mágoa em munição na hora da discussão. Sente-se amado aquele que se sente aceito, que se sente bem-vindo, que se sente inteiro. Sente-se amado aquele que tem sua solidão respeitada, aquele que sabe que não existe assunto proibido, que tudo pode ser dito e compreendido. Sente-se amado quem se sente seguro para ser exatamente como é, sem inventar um personagem para a relação, pois personagem nenhum se sustenta muito tempo. Sente-se amado quem não ofega, mas suspira; quem não levanta a voz, mas fala; quem não concorda, mas escuta.


Agora sente-se e escute: eu te amo não diz tudo.


Martha Medeiros

Pérolas únicas.


Apesar dos nossos defeitos, precisamos enxergar que somos pérolas únicas no teatro da vida e entender que não existem pessoas de sucesso e pessoas fracassadas. O que existem são pessoas que lutam pelos seus sonhos ou desistem deles.
 
Augusto Cury.

Viver é difícil paca.


'Eu fiquei uma porção de tempo tentando ser “legal e maduro”, “uma presença leve e agradável” — porque eu tô ainda muito inseguro de mim mesmo, e não acreditando absolutamente que alguém possa me curtir bem assim como eu sou. Eu não tenho quase experiência dessas transações, me enrolo todo, faço tudo errado — acabo me sentindo confuso. Tudo isso é tão íntimo, e eu já estou tão desacostumado de me contar inteiramente a alguém, tão desacreditando na capacidade de compreensão do outro, sei lá, não é nada disso, sabe? Conviver é difícil — as pessoas são difíceis — viver é dificil paca.'


Caio Fernando Abreu

''Não iriam entender!''


"Não iriam entender que vezenquando a gente fica triste sem motivo, ou pior ainda, sem saber sequer se está mesmo triste. Mas podia aceitar, entrar no carro, vamos até à praia? Deitar a cabeça nos braços, apoiar os braços na janela aberta, vento entrando, remexendo nos cabelos, no rosto, jeito de lagrima querendo rolar..."
Caio F. Abreu

domingo, 27 de março de 2011

Gostaria!


"Eu gostaria de ir embora para uma cidade qualquer, bem longe daqui, onde ninguém me conhecesse, onde não me tratassem com consideração apenas por eu ser “o filho de fulano” ou “o neto de beltrano”. Onde eu pudesse experimentar por mim mesmo as minhas asas para descobrir, enfim, se elas são realmente fortes como imagino. E se não forem, mesmo que quebrassem ao primeiro vôo, mesmo que após um certo tempo eu voltasse derrotado, ferido, humilhado - mesmo assim restaria o consolo de ter descoberto que valho o que sou."

Caio Fernando Abreu

Estou!


''Estou um pouco desnorteada como se um coração me tivesse sido tirado, e em lugar dele estivesse agora a súbita ausência, uma ausência quase palpável do que era antes um órgão banhado da escuridão diurna da dor. Não estou sentindo nada. Mas é o contrário de um torpor. É um modo mais leve e mais silencioso de existir."


Clarice Lispector

É que esse amor a bagunçou inteira..


Para M.C.que me contou uma história tão dolorida. É que esse amor a bagunçou inteira. Jurou que viria vê-la por três vezes. E a mesa posta, a casa limpa, o vestido bordado. Agora o cheiro das flores que murcharam na chita do vestido lavado. Agora esse café frio, uma das taças intacta, o vinho pela metade. E ela contando sua coleção de esperas, crepúsculos e cartas rabiscadas em guardanapos. Tentando se reorganizar novamente, rezava pra que tudo voltasse ao seu devido lugar: onde não havia nenhum (falso) entusiasmo e nenhum desses fogos (de artifício). Ela havia chamado de tédio um momento em que , na verdade, seu coração estava em paz. É que esse amor a bagunçou inteira. E a louça suja de um prato só. E a angústia dura de um parto só. E toda a ternura, como havia lido em Drummond, toda essa ternura inútil, desaproveitada. Ela só queria que essa dor tão familiar, lhe fosse estranha. E que alguma coisa lhe fizesse companhia, nem que fosse uma voz do outro lado que considerasse a importância que havia para ela de, pelo menos, ouvir um adeus. E pedia esperançosa: Deus perdoa por eu ter amado desajeitadamente, quem não me amou de jeito algum.

(Marla de Queiroz)

sábado, 26 de março de 2011

Metade!


Que a força do medo que tenho
Não me impeça de ver o que anseio;
Que a morte de tudo em que acredito
Não me tape os ouvidos e a boca;
Porque metade de mim é o que eu grito,
Mas a outra metade é silêncio...
Que a música que eu ouço ao longe
Seja linda, ainda que tristeza;
Que a mulher que eu amo seja pra sempre amada
Mesmo que distante;
Porque metade de mim é partida
Mas a outra metade é saudade...
Que as palavras que eu falo
Não sejam ouvidas como prece
E nem repetidas com fervor,
Apenas respeitadas como a única coisa que resta
A um homem inundado de sentimentos;
Porque metade de mim é o que ouço
Mas a outra metade é o que calo...
Que essa minha vontade de ir embora
Se transforme na calma e na paz que eu mereço;
E que essa tensão que me corrói por dentro
Seja um dia recompensada;
Porque metade de mim é o que penso
Mas a outra metade é um vulcão...
Que o medo da solidão se afaste
E que o convívio comigo mesmo
Se torne ao menos suportável;
Que o espelho reflita em meu rosto
Um doce sorriso que me lembro ter dado na infância;
Porque metade de mim é a lembrança do que fui,
A outra metade eu não sei...
Que não seja preciso mais do que uma simples alegria
para me fazer aquietar o espírito
E que o teu silêncio me fale cada vez mais;
Porque metade de mim é abrigo
Mas a outra metade é cansaço...
Que a arte nos aponte uma resposta
Mesmo que ela não saiba
E que ninguém a tente complicar
Porque é preciso simplicidade para faze-la florescer;
Porque metade de mim é platéia
E a outra metade é canção...
E que a minha loucura seja perdoada
Porque metade de mim é amor
E a outra metade... também.
 
Oswaldo Montenegro!

Olhos nos olhos!

Quando você me deixou, meu bem
Me disse pra ser feliz e passar bem
Quis morrer de ciúme, quase enlouqueci
Mas depois, como era de costume, obedeci

Quando você me quiser rever
Já vai me encontrar refeita, pode crer
Olhos nos olhos, quero ver o que você faz
Ao sentir que sem você eu passo bem demais

E que venho até remoçando
Me pego cantando
Sem mas nem porque
E tantas águas rolaram
Quantos homens me amaram
Bem mais e melhor que você

Quando talvez precisar de mim
'Cê sabe que a casa é sempre sua, venha sim
Olhos nos olhos, quero ver o que você diz
Quero ver como suporta me ver tão feliz


''Chico Buarque!''

Com o tempo!


Com o tempo, você analisa que abrir mão de algo muito importante, só se faz quando se tem um motivo maior que esse algo: seja um propósito, uma crença, um valor íntimo, uma obstinação qualquer que te oriente para essa escolha que já se sabia tão dolorosa. É um sacrifício voluntário por algo mais pleno, mais grandioso em Beleza. E, nestas análises, você descobre outras perdas que são positivas: perde-se também a ansiedade, a insegurança e a ilusão. E você aprende a recomeçar agradecendo por vitórias tão pequenininhas… Como quando é noite e antes de dormir você se enche de gratidão: ‘Deus, obrigada, porque é noite e eu tenho o sono… Que venha um sonho novo, então’.



''Marla de Queiroz.''

Às vezes o amor que se dá pesa..


"Farei o possível para não amar demais as pessoas, sobretudo, por causa das pessoas. Às vezes o amor que se dá pesa, quase como uma responsabilidade na pessoa que o recebe. Eu tenho essa tendência geral para exagerar, e resolvi tentar não exigir dos outros senão o mínimo. É uma forma de paz...
Também é bom porque em geral se pode ajudar muito mais as pessoas quando não se está cega de amor."

''Clarice Lispector''

E revigora.




''Eu sempre acho que cansei de ti, de mim, mas ai vem o amor e revigora.''
''Caio Fernando Abreu!''

Nada por conveniência.


" É difícil me iludir, porque não costumo esperar muito de ninguém. Odeio dois beijinhos, aperto de mão, tumulto, calor, gente burra e quem não sabe mentir direito. Não puxo saco de ninguém, detesto que puxem meu saco também. Não faço amizades por conveniência, não sei rir se não estou achando graça, não atendo o telefone se não estou com vontade de conversar. "
''Caio Fernando Abreu''

sexta-feira, 25 de março de 2011

Preciso Dizer que te amo

Quando a gente conversa
Contando casos, besteiras
Tanta coisa em comum
Deixando escapar segredos
E eu não sei que hora dizer
Me dá um medo, que medo

Eu preciso dizer que eu te amo
Te ganhar ou perder sem engano
E eu preciso dizer que eu te amo
Tanto

E até o tempo passa arrastado
Só pra eu ficar do teu lado
Você me chora dores de outro amor
Se abre e acaba comigo
E nessa novela eu não quero
Ser teu amigo

É que eu preciso dizer que eu te amo
Te ganhar ou perder sem engano
Eu preciso dizer que eu te amo, tanto

Eu já nem sei se eu tô misturando
Eu perco o sono
Lembrando cada riso teu
Qualquer bandeira
Fechando e abrindo a geladeira
A noite inteira

Eu preciso dizer que eu te amo
Te ganhar ou perder sem engano
Eu preciso dizer que eu te amo, tanto
''Cazuza''

E venha!


Venham enfim as altas alegrias,
As ardentes auroras, as noites calmas,
Venha a paz desejada, as harmonias,
E o resgate do fruto, e a flor das almas.
Que venham, meu amor, porque estes dias
São de morte cansada,
De raiva e agonias
E nada.
 
''José saramago''
 

É preciso recomeçar!


A viagem não acaba nunca. Só os viajantes acabam. E mesmo estes podem prolongar-se em memória, em lembrança, em narrativa. Quando o visitante sentou na areia da praia e disse:
“Não há mais o que ver”, saiba que não era assim. O fim de uma viagem é apenas o começo de outra. É preciso ver o que não foi visto, ver outra vez o que se viu já, ver na primavera o que se vira no verão, ver de dia o que se viu de noite, com o sol onde primeiramente a chuva caía, ver a seara verde, o fruto maduro, a pedra que mudou de lugar, a sombra que aqui não estava. É preciso voltar aos passos que foram dados, para repetir e para traçar caminhos novos ao lado deles. É preciso recomeçar a viagem. Sempre.



José Saramago!

Olha, estou te escrevendo!


Pra dizer que se você tivesse telefonado hoje eu ia dizer tanta, mas tanta coisa. talvez mesmo conseguisse dizer tudo aquilo que escondo desde o começo, um pouco por timidez, por vergonha, por falta de oportunidade, mas principalmente porque todos me dizem que sou demais precipitado, que coloco em palavras todo o meu processo mental (processo mental: é exatamente assim que eles dizem, e eu acho engraçado) e que isso assusta as pessoas, e que é preciso disfarçar, jogar, esconder, mentir. eu não queria que fosse assim. eu queria que tudo fosse muito mais limpo e muito mais claro, mas eles não me deixam, você não me deixa. 
(Caio F. Abreu)

Preciso de alguém:


Que tenha ouvidos para ouvir, porque são tantas histórias a contar. que tenha boca para falar, porque são tantas histórias para ouvir, meu amor. e um grande silêncio desnecessário de palavras. para ficar ao lado, cúmplice, dividindo o astral, o ritmo, a over, a libido, a percepção da terra, do ar, do fogo, da água, nesta saudável vontade insana de viver. preciso de alguém que eu possa estender a mão devagar sobre a mesa para tocar a mão quente do outro lado e sentir uma resposta como - eu estou aqui, eu te toco também. sou o bicho humano que habita a concha ao lado da concha que você habita, e da qual te salvo, meu amor, apenas porque te estendo a minha mão.
''Caio fernando Abreu!''

Que você me sentisse,

''Um pouco destante e tivece a pressa em me chamar outra vez pra perto!''
''Caio Fernando Abreu''

Dá vontade de amar:


De amar de um jeito ''certo'', que agente não tem a menor idéia de qual poderia ser, se é que existe um.
''Caio Fernando Abreu!''

Que te dizer?


Que te amo, que te esperarei um dia numa rodoviária, num aeroporto, que te acredito, que consegues mexer dentro-dentro de mim? 
(Caio F. Abreu)
 

Vem para que eu possa:


Recuperar sorrisos, pintar teu olho escuro com kol, salpicar tua cara com purpurina dourada, rezar, gritar, cantar, fazer qualquer coisa, desde que você venha, para que meu coração não permaneça esse poço frio sem lua refletida. porque nada mais sou além de chamar você agora, porque tenho medo e estou sozinho, porque não tenho medo e não estou sozinho, porque não, porque sim, vem e me leva outra vez para aquele país distante onde as coisas eram tão reais e um pouco assustadoras dentro da sua ameaça constante, mas onde existe um verde imaginado, encantado, perdido.
(Caio F. Abreu)

Eu não sei explicar,

"Acho que é uma questão de amor."
''Caio Fernando Abreu''.

Não sei dizer!


Quando penso desse jeito, enumero proposições como: a ser uma pessoa menos banal, a ser mais forte, mais segura, mais serena, mais feliz, a navegar com um mínimo de dor. essas coisas todas que decidimos fazer ou nos tornar quando algo que supúnhamos grande acaba, e não há nada a ser feito a não ser continuar vivendo. (Caio F. Abreu)

quinta-feira, 24 de março de 2011

Paixão.


Fico quieto. Primeiro que paixão deve ser coisa discreta, calada, centrada. Se você começa a espalhar aos sete ventos, crau, dá errado. Isso porque ao contar a gente tem a tendência a, digamos, ´embonitar´ a coisa, e portanto distanciar-se dela, apaixonando-se mais pelo supor-se apaixonado do que pelo objeto da paixão propriamente dito.

Caio Fernando Abreu.

E dói mais fundo!

E repito: andei pensando coisas sobre amor, essa palavra sagrada. O que mais me deteve, do que pensei, era assim: a perda do amor é igual à perda da morte. Só que dói mais. Quando morre alguém que você ama, você se dói inteiro- mas a morte é inevitável, portanto normal. Quando você perde alguém que você ama, e esse amor - essa pessoa - continua viva, há então uma morte anormal. O NUNCA MAIS de não ter quem se ama torna-se tão irremediável quanto não ter NUNCA MAIS quem morreu. E dói mais fundo- porque se poderia ter, já que está vivo. Mas não se tem, nem se terá.
Caio Fernando Abreu!

Sempre!


Tente. Sei lá, tem sempre um pôr-do-sol esperando para ser visto, uma árvore, um pássaro, um rio, uma nuvem.
Pelo menos sorria, procure sentir amor. Imagine. Invente. Sonhe. Voe. Se a realidade te alimenta com merda, meu irmão, a mente pode te alimentar com flores.
 
Caio Fernando Abreu!

Vento No Litoral!

De tarde quero descansar
Chegar até a praia e ver
Se o vento ainda esta forte
E vai ser bom subir nas pedras
Sei que faço isso pra esquecer
Eu deixo a onda me acertar
E o vento vai levando
Tudo embora...
Agora está tão longe
ver a linha do horizonte me distrai
Dos nossos planos é que tenho mais saudade
Quando olhávamos juntos
Na mesma direção
Aonde está você agora
Alem de aqui dentro de mim...
Agimos certo sem querer
Foi só o tempo que errou
Vai ser difícil sem você
Porque você esta comigo
O tempo todo
E quando vejo o mar
Existe algo que diz
Que a vida continua
E se entregar é uma bobagem...
Já que você não está aqui
O que posso fazer
É cuidar de mim
Quero ser feliz ao menos,
Lembra que o plano
Era ficarmos bem...
Eieieieiei!
Olha só o que eu achei
Humrun
Cavalos-marinhos...
Sei que faço isso
Pra esquecer
Eu deixo a onda me acertar
E o vento vai levando
Tudo embora...

Legião Urbana.

Composição: Renato Russo

"Não se pode substituir ninguém porque todo mundo é uma soma de pequenos e belos detalhes."

Filme: (Antes do Pôr-do-Sol)

Os Retratos.


Os antigos retratos de parede
Não conseguem ficar longo tempo abstratos.

Às vezes os seus olhos te fixam, obstinados
Porque eles nunca se desumanizam de todo

Jamais te voltes pra trás de repente.
Não, não olhes agora!

O remédio é cantares cantigas loucas e sem fim...
Sem fim e sem sentido...

Dessas que a gente inventava
enganar a solidão dos caminhos sem lua.

Mario Quintana!

PASSA UMA BORBOLETA.

Passa uma borboleta por diante de mim
E pela primeira vez no Universo eu reparo
Que as borboletas não têm cor nem movimento,
Assim como as flores não têm perfume nem cor.
A cor é que tem cor nas asas da borboleta,
No movimento da borboleta o movimento é que se move,
O perfume é que tem perfume no perfume da flor.
A borboleta é apenas borboleta
E a flor é apenas flor.



Fernando Pessoa!

Sozinho!

"Eu sofro sendo assim, eu sofro porque, quando você acha mais da metade do mundo babaca, você passa muito tempo sozinho".

(Tati Bernardi)

''Nada mais!''


''Deitada no ombro dele, ela via seu rosto muito próximo. Esse era o sonho, nada mais.''
Caio Fernando Abreu!

Eu não consigo entender.


'É esse gelo por dentro que eu não consigo entender. Você se doou tanto quando eu não pedia, e no momento em que pela primeira vez pedi, você negou, você fugiu. É esse seu bloqueio de aço encouraçando o silêncio, eu não consigo entender.'



Caio Fernando Abreu .

Sofrer dói, mas faz um bem danado depois que passa.

"Mas tudo está bem agora, eu digo: agora. Houve uma mudança de planos e eu me sinto incrivelmente leve e feliz. Descobri tantas coisas. Tantas, Tantas. Existe tanta coisa mais importante nessa vida que sofrer por amor. Que viver um amor. Tantos amigos. Tantos lugares. Tantas frases e livros e sentidos. Tantas pessoas novas. Indo. Vindo. Tenho só um mundo pela frente. E olhe pra ele. Olhe o mundo! É tão pequeno diante de tudo o que sinto. Sofrer dói. Dói e não é pouco. Mas faz um bem danado depois que passa. Descobri, ou melhor, aceitei: eu nunca vou esquecer o amor da minha vida. Nunca. Mas agora, com sua licença. Não dá mais para ocupar o mesmo espaço. Meu tempo não se mede em relógios. E a vida lá fora, me chama!"

Fernanda Mello